sábado, 25 de setembro de 2010

Problemas habituais

Meninos dão problema. Cadê a novidade? Mas meninas também. Eu sempre costumo dizer que só é mais fácil se relacionar com uma menina - uma vez que você também é uma - porque só uma menina para entender a outra. Mas não é de longe assim. É claro que pode ser mais fácil, um menino não vai nunca entender quando você diz "estou de TPM" e vai achar que essa é a desculpa feminina universal para brigar e sair com a razão, não fazer sexo e milhões de prováveis etecéteras aqui. Mas nós sabemos que não é só isso, por isso talvez seja mais fácil lidar com outra menina. Assim como uma menina não entende às vezes porque os meninos são tão reservados, nunca se expressam... Ou talvez eu tenha essa imagem, pelo simples fato de que as vezes que eu tentei, eu provavelmente tentei errado. Ou com as pessoas erradas.
Mas meu ponto nem era esse. Na verdade, eu queria apenas um ponto de partida pra poder reclamar, xingar e dizer tudo que eu queria dizer pra ela e não posso, porque eu sei que ela vai se chatear. (Mais do que já está.) Mas pra variar, estou eu aqui reclamando. Porque essa merda fode com a minha vida provavelmente desde 2005. Eu sempre penso que se eu não tivesse escutado aquela minha amiga lá de 2005 e nunca tivesse criado aquela conta no Orkut, eu jamais teria conhecido nenhuma Carolina, Tatiana, Isabella, Ana... nenhuma. Mas não, eu não me arrependo disso, de longe. Porque todas foram especiais, todas TEM a importância que tem na minha vida e me ensinaram coisas. Mas a primeira coisa que começa a machucar é quando você quer muito estar perto de uma pessoa e sequer pode... porque ela está geograficamente longe de você. E distância dói e dói demais. Talvez esse fosse o ponto principal para eu ter desistido disso há muito tempo.
Mas daí vem todo o problema de passado, presente, vida própria. E isso fode. Eu não sei, talvez eu me sinta afetada pelos problemas dos outros porque eu não posso ajudar, ou talvez seja ciúmes, ou eu realmente deveria desistir disso, deixar pra lá. Mas não dá. Eu não consigo.
As pessoas dizem o tempo todo, elas sempre me disseram que eu precisava sair dessa vida, que isso sempre me fazia mal. Que eu precisava viver na realidade.
E daí vieram Max, Plínio, Rafael, Gabriel... Aqui, na realidade. E no que foi diferente? Tanto eles quanto elas me fizeram sentir do mesmo modo. A diferença é que com as meninas eu me sinto melhor, eu me sinto mais confortável. Mas aí entra o mundo todo contra uma escolha, como se eu precisasse viver sempre me escondendo e isso fosse um crime. O constrangimento para dizer uma simples frase "Eu gosto de meninos e meninas". Sim, Renato Russo disse isso. E ele era famoso. E ele podia. E não podia. Pouquíssimas pessoas aceitam esse estilo de vida alternativo. Eu particularmente sinto nojo dessa expressão. Eu sinto nojo de quem diz que é fase. Eu sinto nojo de quem diz que "Deus" não vai mais me amar. Eu sinto nojo de quem diz que o Diabo está conseguindo o que queria. EU SINTO NOJO DE SER JULGADA POR GENTE QUE TEM MAIS DEFEITOS QUE EU.
Eu nunca fiz mal pra ninguém. Eu sou reservada, não converso com muita gente. E confio. Eu confio as minhas coisas para as pessoas, porque eu não acho que eu precise me esconder. Eu não estou fazendo nada de errado. Eu estou vivendo. Estou tentando ser feliz. E esse é o meu jeito de ser feliz. Eu sou feliz assim. E ninguém tem nada a ver com isso.
Ainda que eu me sinta mal, que eu me magoe. Mas qual a diferença? Os meninos me machucaram, as meninas me machucaram. Eu machuquei meninos e meninas. Ninguém tá livre de sair ferido quando se coloca sentimentos e amor em jogo.
Eu me disperso... Meu ponto inicial não era meu ponto inicial e nem era esse de agora. Mas eu sinto uma confusão dentro de mim tão grande, que eu sinto como se precisasse falar. Falar de todo e qualquer assunto que me vem na cabeça. Falar, falar, falar. Sobre tudo. Eu gosto de falar. Não. Eu gosto de escrever sobre o que eu gostaria de falar.
Todo mundo diz que eu sou viciada, que o computador "suga" a minha vida. Mas a minha desculpa é aceitável... Aqui é o único lugar onde eu consegui encontrar pessoas que se sintam como eu me sinto, que pensem como eu penso e que tenham alguma coisa a ver comigo. Ou muito, dependendo. Mas é claro que as pessoas vão me desapontar. Isso é o ser humano, esteja ele em qualquer canto do mundo, sempre vai estar fazendo alguma coisa que nos desaponte. Mas a gente perdoa. Sofre, mas perdoa e faz tudo de novo. As pessoas são assim.
Até chega a hora que cansa, então você afasta essas pessoas da sua vida. E você vai afastar pessoas pelo resto da sua vida, mas é um ciclo interminável.
Eu poderia divagar muito mais sobre isso, mas eu não tô muito bem pra isso e eu só precisava escrever pra ver se eu desabafava um pouco. Mas nem isso tá resolvendo. Vou procurar outra coisa pra me distrair. Depois eu escrevo algo que faça mais sentido...

Um comentário:

  1. Eu encontrei seu blog por acaso. Onze minutos, me chamou a atenção por ser o nome
    do livro de paulo coelho. Um livro que eu amo *-* E eu li seu texto e nossa, eu sei como doi quando alguem
    mora geograficamente muito longe , acho que acabei enteden do o que você quis dizer, 'criado aquela conta'
    ou pelo menos se for o que estou pensando, no meu caso, apesar de ter me dado alguns problemas,
    também não me arrependo, se não fosse assim não teria conhecido pessoas incriveis.
    Enfim, adorei seu blog. Estou te seguindo .-.

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