terça-feira, 13 de abril de 2010

Nada mudou. Nada muda

Nós estávamos sempre compartilhando cigarros, bebidas, beijos. Tudo que fazia mal. Tudo que nos partia, quebrava e bagunçava. E mesmo assim continuávamos. Sem medir tempo, nem dor. E agora sou eu sozinha que se parte em dois, três... mil pedaços, sem sequer poder exigir que você os una novamente. Unindo-se à mim. Conectando-se à mim, como tantas outras vezes.
Porém tudo que eu sinto é a frieza do toque das suas mãos geladas, num cumprimento sem emoção. Você sequer diz "oi" e se diz, é pela obrigação do cotidiano. E eu fico aqui, do mesmo modo que eu estava no ponto de partida. Talvez pior.
Nada mudou se não nome, sobrenome e endereço. Mas continua igual. Você sempre esteve sem estar e eu ainda sim acreditei. Mas nada mudou e tudo continua igual.

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