segunda-feira, 2 de maio de 2011

Memória fragmentada

“Fique quieta.” Ele ordenou, como se tivesse algum poder autoritário sobre mim. Mas eu continuei, atirando-lhe todas aquelas verdades na cara. Devia doer, pelo que eu conseguia calcular. Eu tagarelava insistente, enquanto ele entrava e saia forte de dentro de mim. Eu dava risada da minha própria desgraça.
Eu dizia ao contrário tudo aquilo que queria, eu odiava ao contrário. Pouco importava, acho que meu prazer estava sem ser usada. Nojo, deveria ter. De mim. E mais uma vez ele me mandava calar, mas eu não obedecia. Eu estava no controle, eu era a dona do jogo essa noite.
E eu era má. Parei, quando ele mais precisava.
Agora aprende.


(26/05/10)

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