sábado, 11 de maio de 2013

Dias comuns: mais um desabafo cotidiano



Eu já nem sei mais quanto tempo faz, eu não conto mais. Eu sei que são dias como esse os que eu sinto mais a sua falta. É, dias comuns, sem nenhuma razão aparente. Sei que não tenho mais controle algum sobre isso, às vezes, como na noite passada, sonho com você. Eu ainda sonho com você e eu acho que ainda espero o dia em que tudo isso vai deixar de ser esse pesadelo infinito e recorrente. Às vezes eu te busco no que ainda restou de você em mim ou comigo, tenho essa pequena caixa de memórias dentro da minha cabeça e fragmentos de você espalhados pelas minhas coisas. Acho que você fez parte de mim por tanto tempo que tudo que é meu tem algo de você, mesmo que você nunca tenha sequer encostado nas minhas coisas. Tem alguns dias, eu tento aproveitar esses dias, são aqueles dias em que eu nem lembro mais como você se parece, seu nome demora a aparecer na minha mente, mas são poucos os dias em que eu te esqueço, eles são raros. Tão raros que eu não consigo me lembrar qual foi a última vez que você não foi a última coisa que eu pensei antes de dormir, a última vez em que você não me visitou nos meus sonhos. Qual foi a última vez que eu não fui atrás de notícias suas, sem você nem saber. Acho que bem lá no fundo, eu ainda tenho um desejo escondido de que você volte, por mais que eu saiba que é sempre a mesma coisa. Às vezes eu penso em você e só me lembro do que nós éramos, não sei se você ainda tem na mente aquilo que a gente já foi um dia, antes de nos tornarmos esse enorme e confuso nada, cheio de fragmentos magoados e sensíveis. Nós éramos algo e estávamos destinadas a ser algo grande, disso eu posso me lembrar perfeitamente. Os nossos caminhos fugiram totalmente do percurso, parece até que deixamos isso inacabado e que não vai ser nem nessa vida que vamos ter a chance de concluir as nossas pendências. Às vezes chego a pensar que um dia a gente ainda vai se ver, que um dia isso ainda vai ter o ponto final, o tal corte final que eu tanto preciso pra deixar de ter o seu fantasma sempre me assombrando. Mas é besteira. E em dias como esse, dias comuns, dias sem nada em especial, eu sinto muito a sua falta. Sinto vontade de ter algo seu me esperando, sinto vontade de poder mostrar algo que vi e que me lembrou você. Em dias tão comuns como este, sinto uma vontade imensa de apenas conversar com você, rir de alguma coisa, contar uma besteira. Em dias como esse, são os que eu fico com mais raiva de mim mesma por querer tanto que você ainda estivesse na minha vida. 

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