segunda-feira, 10 de agosto de 2009

And if I lost myself?

Nunca consegui me encaixar a grupos, panelas e também nunca fui muito chegada a essas coisas. Acho que no colégio sempre fui a quietinha e insignificante do canto da sala, ou a que sentava bem na frente e ainda sim não se destacava. Talvez me destacasse única e exclusivamente para os professores, assim, mutuamente. Nunca fui de muitos amigos, uma vez que o suficiente era ter alguém para colocar minhas palavras em prática e poder me expressar um pouco que fosse e ainda sim, não o tempo todo. Mas sempre fui contraditória, pois sempre reclamei de não chamar atenção, eu queria um pouco dela, nem que fosse pra saber seu gosto. Então foi aí que eu corri atrás, diziam que eu tinha de estar com as pessoas certas, eu fui atrás delas, era semi-deusas para mim, que era quase tão ingenua. E depois as conheci. Comuns, com seus sonhos, defeitos e até futilidades. Então logo eu cresci e vi que jamais teria crescido sem experimentar a vida de vários ângulos. Eu me envergonhei, mas hoje me envergonho de ter querido negar algo que eu fui. Eu fui minhas fases, eu senti o gosto da vida - não que eu não o sinto mais, eu apenas cresci. Mas eu continuo crescendo, ainda nem sou mulher. Mas gosto de agir algumas vezes com desenvoltura, brincar de ser adulta e até arcar com responsabilidades. Mas às vezes gosto mesmo de ser criança, dormir depois do copo de leite e saber que sempre vai ter alguém ali por mim e que a vida é muito fácil. Mas já me destruíram essa fantasia. Junto com o Coelho da Páscoa e Papai-Noel, lá estão minhas crenças de que o mundo é coisa fácil de se entender. Mas não sou mais criança, ainda que tenha conservado a inocência. Mas ainda tenho sonhos. Ainda guardo sentimentos em canções. Eu crio meu mundo, apenas pra fugir da realidade medíocre imposta pelos grandes, eu fujo, pois ainda tenho tempo para isso. Eu peço colo, abrigo... Longe dessa realidade que me aflige e me faz às vezes negar quem realmente sou. Eu choro como criança, mas eu sei me segurar, eu agüento o que for, pois me ensinaram assim. Eu apenas não posso esquecer quem sou, como sou, pois foi assim que me ensinaram. E que eles vão me obrigar a me negar, a me mudar, a me moldar... Mas me ensinaram a dizer não, me ensinaram a correr pra longe do perigo e me ensinaram a escolher entre o bom e o ruim. Mas e se ainda sim eu me perder e esquecer quem sou? Porque também me ensinaram que existe perdão...

Às vezes é bom não fazer muito sentido...

2 comentários:

  1. awhm, tenho muito o que falar sobre isso, na terceira série, eu era tão desprezível, do tipo que desprezava todos e nem tinha nenhum amigo, até que na quarta eu fui popular, pior coisa, todo mundo muito falso, e até hoje sou na minha... as coisas mudam, hê

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  2. se você me permitir, faço das tuas palavras as minhas. sério, me encaixo 100% em tudo o que você disse. lindo texto ! :*

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